sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Um filme para ser visto com calma


É impossível imaginar o cenário do cinema italiano sem a contribuição do ator-cineasta, Nanni Moretti (foto).

Por Ana Carla Freitas e Renato Papis

Pensando em algo para compartilhar com os nossos amigos leitores, eu e a minha colega de faculdade do curso de jornalismo Ana Carla Freitas, pensamos no post desta semana algo diferente. Escrever um único texto sobre um determinado assunto. Como? A idéia surgiu depois, que juntos no sábado partimos para uma seção de cinema com o compromisso de assistir um dos filmes indicados pela professora Helena Jacob do curso de jornalismo cultural.

O filme escolhido foi o italiano Caos Calmo, do diretor Antonello Grimaldi e estrelado pelo talentoso ator-cineasta Nanni Moretti. A película, baseada no livro de Sandro Veronesi aborda de forma dramática as reações vividas por um empresário diante da trágica morte da sua esposa num acidente doméstico na casa de verão da família.

Sinopse - A partir daí, chama a atenção a maneira pela qual Pietro (Nanni Moretti) adapta toda a sua rotina para não se distanciar de Cláudia (sua filha), ficando o dia todo sentado no banco da praça em frente à escola da filha, para a qual acena durante o intervalo da aula; participando de conversas com as mães de outros alunos - tudo isso enquanto elabora mentalmente listas e listas de banalidades, cuja principal função parece ser a de distanciá-lo dos conflitos presentes. Vale tudo: a lista das companhias aéreas pelas quais já viajou; os endereços nos quais já morou; dos lugares aos quais não voltará mais; até, finalmente, a das coisas as quais não agüentou ver, culminando com a imagem de sua mulher morta em meio a fatias de melão.

Neste filme o que mais nos chamou a atenção, como também o outro filme, O Quarto do Filho, do diretor italiano Nanni Moretti, é que suas personagens vivem tramas da vida como ela é. E o que mais fascina nos filmes europeus é que eles tratam temas da vida cotidiana (morte, separação, droga) sem explorar soluções fáceis, como nas obras hollywoodianas.

Algo interessante é o fato de mostrar como cada pessoa lida com uma perda, muitas vezes, não chorar, continuar vivendo não significa que não estamos sofrendo. O que muda é a forma de como sofremos. Mais importante do que “se entregar a tristeza” é fazer com que essa nova situação faça-nos enxergar o que não aproveitamos da vida.

Por fim, na nossa opinião, foi a melhor coisa que o cinema italiano fez, unir dois dos seus grandes cineasta, Moretti e Antonello Grimaldi. Este filme é para ser visto sem pressa alguma. Vale a pena assisti-lo.

Ficha técnica:
Diretor: Antonello Grimaldi
Elenco: Nanni Moretti, Alessandro Gassman, Valeria Golino
Nome Original: Caos Calmo
Ano: 2008
País: ITA/ING

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Paraty, um encanto de cidade


Por Emanuelle Leal


Uma boa dica para o fim de semana ou um feriado prolongado é a cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, próximo ao litoral norte de São Paulo.
Fundada em 1667, Paraty é considerada Patrimônio Histórico Nacional e preserva até hoje seus encantos naturais, sendo possível andar pelas ruas de pedra “pés-de-moleque’’e símbolos maçônicos que enfeitam as paredes das igrejas traduzem o estilo da época.
Além de seus encantos históricos, a cidade presidia um dos eventos culturais mais conhecidos da região, a conceituada Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). Realizada desde 2003, o evento traz escritores nacionais e estrangeiros para participar das palestras e debates nos prédios históricos ou em tendas armadas na rua. Neste ano de 2008 a FLIP homenageia Machado de Assis.
É em Paraty que ocorre também o Festival da Pinga, Festa do Divino Espírito Santo, Festa de Nossa Senhora dos Remédios, Paraty em Foco e a Mostra Rio-São Paulo de Teatro de Rua.
Reduto de cultura, informação, encantos e tranqüilidade , Paraty fica próximo de Trindade, onde é possível ter um contato maior com a natureza e percorrer uma trilha que leva até a uma piscina natural encantadora.
Enfim, para fugir da correria do dia a dia, da poluição e loucura de São Paulo, Paraty é uma boa opção.
Para mais informações sobre a cidade acesse: www.paraty.com.br.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

"Livro para Voar" é grátis


O movimento Livro para Voar (www.livroparavoar.com.br) começa a ser executado em São Paulo, a partir de quarta-feira (29). A idéia é largar exemplares dos mais variados gêneros e estilos, em locais públicos, como ônibus, praias, shoppings e banco de praças, para que alguém os econtre, pegue e leia e depois passe adiante. Essa campanha foi inspirada numa iniciativa internacional popularizada pelo site Bookcrossing.com, cujo objetivo é estimular a leitura gratuita através de uma biblioteca informal. O movimento que teve início nos Estados Unidos, já está disseminado em noventa países.
Os livros terão um código com etiqueta na contracapa e, ao longo do tempo, quem acessar o site pode informar ou descobrir o paradeiro da obra.
A rede de postos de combustível Ale é a parceira do projeto e será responsável por distribuir em 58 unidades da Capital, mais de 2.900 exemplares de vinte títulos. Quem quiser poderá levar ou buscar o seu livro.
Caso encontre um livro do projeto Livro para Voar, visite a aba “Achei um livro”. Lá o usuário pode digitar o número BCID presente na etiqueta, ver por onde esta obra tem andado e o que as pessoas acham dela.
Depois de ler, não esqueça de registrar também sua opinião e, claro, “perder” novamente o livro para que ele continue sua viagem.
Além disso, você pode fazer o movimento crescer libertando livros que tenha em casa. Participe!

(Abel Silveira Prado)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Uma boa e diferente opção para o fim de semana: Fuerza Bruta



Por Denise Caravaggi

Dos mesmos criadores argentinos do De La Guarda, FuerzaBruta é um espetáculo que promove interação entre a platéia e os atores durante 70 minutos. Envolvendo muita dança e coreografia, surpreende o público a cada momento. O cenário não é fixo, a produção entra no meio do espetáculo para modificar as cenas, envolve as pessoas que estão na platéia e que devem interagir com os objetos que entram em cena. O público passa o tempo inteiro de pé, e faz parte do espetáculo.
Em cartaz em São Paulo até o dia 09 de novembro, no Parque Villa Lobos, FuerzaBruta é dirigido por Diqui James e a trilha sonora é assinada por Gaby Kerpel. Onze atores compõe o elenco de um espetáculo de linguagem e propósitos abstratos.
Para quem ainda não assistiu, não perca! É muito além do que estamos acostumados de ver nos teatros, é uma proposta super diferente e encantadora. Não tem como explicar a sensação de estar lá!
Mais informações no site: http://www.fuerzabrutabrasil.com.br

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Álvaro Siza Modern Redux


Por: Ana Carla Freitas

Em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, a exposição Álvaro Siza Modern Redux enfoca os 10 últimos anos de trabalho do renomado arquiteto português, apresentando 12 projetos selecionados pelo curador Jorge Figueira por meio de maquetes, fotos, desenhos e projetos.
Na exposição serão apresentadas casas, museus, espaços culturais e de esportes localizados em Portugal, Brasil, Espanha, Bélgica e Coréia do Sul que sublinham o significado de uma produção que alcançou o Prêmio Pritzker (1992) e o Leão de Ouro, na Bienal de Veneza (2002), com o projeto para a recém-inaugurada Fundação Iberê Camargo, localizada em Porto Alegre.
Entre os projetos está o Pavilhão Anyang, Anyang, Coréia do Sul (2005-2006), a sua primeira obra na Ásia, que representa o lado mais "poético", mais "artístico" de Siza, segundo o curador. “O próprio programa permite uma liberdade que Siza aproveita para fazer uma síntese de alguns dos seus temas formais e espaciais mais singulares”, acrescenta.
O Complexo Desportivo Ribera-Serrallo, Cornellà de Llobregat, Espanha (2003-2006) foi Prêmio Secil 2006, o grande prêmio de Arquitetura em Portugal, e representa uma renovada vontade do Siza - tendo em conta que as suas primeiras obras são da década de 50 - em continuar a fazer uma arquitetura “surpreendente e aventurosa”.
O arquiteto formado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto construiu na sua terra natal, Matosinhos (Portugal), os seus primeiros projetos. Desde então registrou momentos importantes na história da arquitetura, como a experiência com habitação social nos anos 70, construção de museus nos anos 90, até um exercício mais livre da sua profissão, percebido atualmente.

Álvaro Siza Modern Redux
Abertura: 16 de outubro, às 20h
Até 23 de novembro de 2008, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Musical Mamma Mia traz Meryl Streep nas telas do cinema

Por Emanuelle Leal
Após o sucesso de O Diabo veste Prada, Meryl Streep estréia no musical Mamma Mia como a doce mãe de uma jovem garota que vai se casar e que sonha conhecer seu pai. O filme que chegou aos cinemas no último dia 12, tem no repertório músicas do grupo sueco ABBA, como Dancin’ Queen e The winter takes it all.
Baseado em uma obra da Broadway, o longa traz em sua direção Phyllida Lloyd, que também comandou a montagem teatral e um elenco rico com Pierce Brosnan, Stellan Skarsgard e Colin Firth.
Meryl está mais uma vez muito bem em sua atuação. A atriz revelou ter visto a peça com a filha na Broadway pela primeira vez dias após os ataques de 11 de setembro e desde daquela época se apaixonou pela obra.
Mamma Mia é capaz de encantar até mesmo aqueles que não gostam de musicais, devido às canções cativantes e que envolve o espectador. E um outro fato que encanta é que a história se passa em uma maravilhosa ilha na Grécia.
A paisagem paradisíaca encanta, enfeitiça e com a animação das músicas e coreografias, qualquer um quer sair dançando e cantando após o filme.

domingo, 12 de outubro de 2008

Novos espaços de moradias

A foto ilustra a obra de Diégues e Gilardi, intitulada Plug Out Unit Brasil, 2007.


Por Renato Papis

A Exposição "Moradias Transitórias", que mostra a visão que diversos artistas têm sobre habitação, permanece em cartaz até o dia 09 de novembro no hall de entrada do SESC Vila Mariana, com entrada franca.

Cada artista convidado tem um relacionamento particular com os temas referentes à habitação que passam a ser a base de inúmeros estudos formais e mentais. Casa, ninho, caverna, como identificação material e simbólica das espécies vivas. Microarquiteturas como refúgios de intensidade primária, asilos para seres que se comunicam por meio de códigos mutantes e a aparição de novas ordens familiares organizadas fora das relações formais de parentesco.
A principal característica da exposição apontada pelo diretor Regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda é refletir sobre a temática da moradia, seus desdobramentos e os complexos exercícios a que ela obriga, como o enfrentamento da solidão e o esforço para o estabelecimento de uma convivência que privilegia o respeito ao outro e ao diverso.

Arquitetos participantes
Gustavo Diéguez e Lucas Gilardi – Obra: Plug Out Unit Brasil

Ana Miguel – Obra: Rosa morada

Domènec – Obra: Superquadra casa-armário

Emiliano Godoy – Obra: Dirigible, uma casa de 'Tarzan'

Jum Nakao e Pop Carvalho – Obra: Paisagem urbana

Lucy e Jorge Orta – Obra: Urban Life Guard - Ambulatory Sleeper, Connector Mobile Village I e Body Architecture - Foyer D

Ralph Gehre – Obra: Adulterações objetivas - Tomos I a XVIII.

A intenção é que esta exposição, sob a curadoria do arquiteto Nicola Goretti se torne um convite à observação de uma arte urbana, cosmopolita, plena de realidade e, portanto, de beleza humana.

Em uma visita pela exposição, a obra que mais me indentifiquei foi a SuperQuadra, casa-armário do artista catalão Domènec. Achei interessante esta maquete moradia, dividida em cama e compartimento para alimentação e primeiras necessidades, ideal para nós que moramos em megalópoles como São Paulo. O artista conseguiu pensar na sua obra, na função e no conforto, no melhor aproveitamento dos materiais e limpeza das formas.
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141
São Paulo - SP
tel.: 5080-3000

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cidadania: uma questão cultural

Por Denise Caravaggi

A cada dois anos o Brasil e os demais países do mundo passam pelo período eleitoral. O sistema de votação é diferente em todos os lugares. No Brasil o voto é obrigatório e feito em urnas eletrônicas. Em outros países, como os da Europa e nos Estados Unidos, não é obrigatório e feito no antigo sistema “cédulas de eleição”.
Sendo o Brasil um adepto a chamada democracia, por que o voto não pode ser livre?
A cidadania é um fator cultural, que se origina de cada sociedade. Nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema eleitoral é único. O processo é desenvolvido em duas partes: a primeira quando ocorre uma pré-votação dentro dos partidos dos 50 estados Americanos, tanto nos republicanos quanto nos democratas. Neste caso os candidatos se apresentam com suas propostas e os eleitores presentes elegem os delegados às convenções partidárias nas quais, por sua vez, são escolhidos os nomes que concorrerão ao governo pelo respectivo partido. E o segundo é o que todos já conhecemos, que é o sistema eleitoral por cédulas. Em ambos os casos, os eleitores participam e querem participar do processo eleitoral. O ato de votar e escolher quem estará comandando o seu país, estado ou município é essencial para o cidadão americano. Eles gostam e fazem questão de participar.
Considero tal característica como tendo base uma questão cultural pois os cidadãos americanos sempre foram patriotas. Já no Brasil essa questão política sempre foi um pouco mais delicada. Primeiro é um país de terceiro mundo, com uma economia desregulada, com muita miséria e falta de saneamento básico e educação. Em relação a questão política, houve o período a ditadura militar, uma época de sofrimento e dor para sociedade brasileira, os milhares de escândalos políticos envolvendo corrupção. Enfim, o cidadão brasileiro não é culturalmente um ser político. Ele vota por que é obrigado a votar... a minoria acredita fielmente em algum candidato e que ele pode fazer algo para mudar o país.

Na memória e na consciência de José de Alencar

O lançamento em livro, “Cartas a Favor da Escravidão”, escritos em 1867 pelo romancista e jornalista José de Alencar, publicado pela editora Hedra, surpreende por sua posição em defesa da manutenção da escravidão no Brasil.
Indo em direção contrária as pressões internacionais, as quais forçaram o imperador D. Pedro II formular uma proposta para um prazo ao fim da escravidão, Alencar justifica que a extinção deveria ocorrer através de um processo “natural” de maturação – processo que na Europa, ele diz, levou séculos.
A instituição fora abolida no império inglês (1833), nas colônias francesas (1848) e nos EUA (1863). Somente em 13 de maio de 1888 a princesa Isabel assina a Lei Áurea que extingue de vez a escravatura no Brasil.
Até a abolição, como escreve Miguel Reale Júnior, membro da Academia Paulista de Letras, em artigo publicado no O Estado de S. Paulo, pág. A2, em sua edição de 9 de outubro de 2008, “o trabalho manual era próprio dos não considerados pessoas, mas coisas, objetos comercializáveis, um componente corporal. O ser humano transformara-se, na escravidão, em força destituída de direitos, a ponto de entender o Tribunal de Apelação de Pernambuco que jovem escrava estuprada por seu dono não podia, na ação criminal, ser representada pelo Ministério Público, como pessoa miserável, pois, se era miserável, no entanto, não era pessoa”.
A psicanalista Tales Ab´Sáber, em crítica contundente a posição política de Alencar, diz: “Há muito que circula a percepção em círculos progressistas de que as elites nacionais poderiam funcionar por princípios pré-modernos em plena modernidade, diante dos quais o horizonte real de desenvolvimento social do país não é um móvel histórico forte.
A vida ideológica estável de nossa época nos impede de checarmos as concepções de mundo do poder e seu controle do corpo e destino no mundo do trabalho. Em um tempo em que todo poder emana do capital, e a crítica da violência no espaço do trabalho está vedada por princípio, apesar da virtual escravidão, a verdade é que a violência contra o trabalho continua aí, presente, configurando amplos setores da economia. No entanto, tais novos senhores do trabalho do outro estão justificados a priori.
Afinal, imensas empresas, como as grandes marcas esportivas ocidentais, não exploram também ao extremo o trabalho, até mesmo o infantil no sudoeste asiático, ao mesmo tempo em que terceirizam as responsabilidades, como se nada tivessem a ver com essa ordem de iniquilidades. Mesmo quando ganham tudo com ela?”.
Análise/livro/”Cartas a Favor da escravidão”, pág. E4, Ilustrada, Folha de S.Paulo, 9 de outbro de 2008.
Tâmis Parron, organizador do livro, escreve na introdução aos textos de Alencar que se trata de uma “provável tentativa de expurgar sua memória artística de uma posição moralmente insustentável para os padrões culturais hegemônicos desde o século 19”.
(Abel Silveira Prado)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A Paulista vista do alto


Nesta foto, detalhe da fachada do restaurante que oferece uma sacada para a avenida Paulista, onde me servi de uma deliciosa sopa de gengibre.

Por Renato Papis

Se você passar pela Avenida Paulista, certamente vai parar no restaurante do Sesc Av. Paulista. O restaurante está bem escondido fica localizado no terraço do décimo quinto andar do Sesc. O restaurante além de servir lanches, bebidas, porções e doces, oferece uma vista panorâmica privilegiada da Av. Paulista e da cidade, entre os quais a Serra da Cantareira e o Pico do Jaraguá.

A decoração é simples e de bom gosto e possui uma sacada para a avendia Paulista. Pelo que pude, pessoalmente, apurar a comida servida é de muita boa qualidade e de preço acessível. Na primeira vez que jantei nesse restaurante, apreciei uma sopa de gengibre e cenoura. Onde já se viu, sopa de gengibre? Pois existe e é deliciosa. Gostaria de ter conhecido antes.
O restaurante é aberto ao público de terça a sexta, das 9h às 21h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.


Serviço

Avenida Paulista, 119
Paraíso - São Paulo - SP
telefone: 11 3179-3700

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Nazismo em segundo plano


Por: Ana Carla Freitas

Escrito por Markus Zusak, “A menina que roubava livros”, faz a morte contar a história de uma menina que rouba seu primeiro livro meio que por acaso, e depois descobre que é isso que dá sentido à sua vida, não somente o fato de roubar, mas o amor pelas palavras. A vida dos personagens, bem como suas personalidades, é muito influenciada pelo pano de fundo - o Holocausto.
A idéia do livro começou quando o autor escrevia outra obra, mas já pensando em escrever um livro sobre um ladrão de livros. Uniu essa forma com a vida que seus pais levaram por crescerem na Alemanha nazista e principalmente na importância das palavras ditas naquela época e que faziam as pessoas acreditar, assim como levá-las a fazer.
A Menina que roubava livros apesar de triste não pode ser comparado com algumas publicações do mesmo gênero, como o Caçador de Pipas ou A Cidade do Sol, pois muitas partes do livro realçam a felicidade da protagonista, mesmo vivendo humildemente e ter passado por perdas irrecuperáveis: a morte do irmão e o abandono da mãe.
É uma história gostosa de ler que prende a atenção no começo, quando se espera algo a mais sobre como o autor vai retratar o nazismo e o massacre aos judeus, mas esse desenrolar demora a aparecer e nos momentos em que a história nazista engrena, muda-se o foco para a ficção do livro.
Infelizmente o que deveria ser principal ou caminhar com a protagonista, fica em segundo plano, como se tivesse a intenção de ilustrar a ficção e não de andarem na mesma sintonia. O que é uma pena já que o intuito (de muitos) de ler a obra foi o fato de retratar a Alemanha naquele período.
O livro se apega em muitos detalhes de locais, pessoas e formas, ocasionando um cansaço na leitura em determinados momentos, mas o final compensa os momentos de “solidão” do livro. O autor acelera os acontecimentos e finaliza de uma forma inusitada, que com certeza arranca lágrimas de seus leitores.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Projeto de Governo Americano


Por: Ana Carla Freitas

Fahrenheit é um filme escrito e dirigido por Michael Moore, baseado no ataque às torres gêmeas no dia 11 de setembro de 2001 pelo terrorista Osama Bin Laden. Ele aborda possíveis causas para esse ataque terrorista, faz denúncias sobre o governo de George Bush, o relacionamento da família Bush com a família Bin Laden e a invasão do Iraque que ocorre após esse incidente.
O filme é uma denúncia explícita sobre o governo de George Bush, lançado em época de eleições presidenciais, e atrela ao fato de querer apresentar ao mundo como o governo divulga as informações sobre a guerra do Iraque e de que forma a mídia aborda essas informações. Indica uma manipulação pelos meios de comunicação de massa.
O passado do presidente é exposto de forma a nos fazer acreditar que ele não tem capacidade para governar um país, e que em grande parte do tempo estava de férias. Realmente é nítido que ele não estava preocupado em ficar na Casa Branca.
Michael Moore aponta fraudes na vitória de George Bush, mas sem muitos argumentos palpáveis e reais, em sua maioria são suposições e acusações. A única imagem real que ele coloca no filme é no dia de sua posse, em que é recebido com vaias e protestos, o que não representa a insatisfação da maioria. É somente um grupo isolado.
Apesar disso, Fahrenheit é cercado de documentos para comprovar a veracidade de muitos fatos. E tem como maior preocupação a influência que terá na reeleição de Bush.
No dia do ataque ao World Trade Center, Bush teve uma reação anormal ao acontecimento, como se já soubesse que iria acontecer e coincidentemente, se é que podemos acreditar nisso, no dia anterior ao ataque o presidente teria diminuído a verba do FBI para a parte de terrorismo, o que nos faz crer, e o intuito é esse, que ele tem ligação direta com o terrorista.
Fahrenheit mostra, porque a família Bush tem estreitas relações comerciais com a Arábia Saudita, inclusive com a família de Bin Laden. Enquanto todos os cidadãos americanos foram impedidos de viajar de avião, após o atentado, os “amigos” do presidente continuaram suas viagens. Estão todos ligados ao plano de execução que custou a vida de milhares de pessoas inocentes. Uma boa dose de indignação por parte de Moore.
Já que Bush gosta de guerra, aproveitou esse fato e colocou a culpa em Saddam Hussein. Invadiu o Iraque, afinal ele é o presidente americano e precisa resolver essa situação nem que seja punir quem não tem culpa e usando o discurso de que “O Iraque nos odeiam, porque amamos a liberdade”, convencendo boa parte dos americanos.
O filme tem momentos muito dramáticos, como a entrevista de uma mãe que perdeu seu filho na guerra do Iraque. É uma família de militares e a mãe critica manifestantes contra a guerra. No momento em que perde seu filho ela começa a fazer parte disso e é levada por Michael Moore em Washington. Ele perde muito tempo nessas cenas e expõe essa mãe a uma situação e tristeza desnecessária.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ensaio sobre a cegueira tem melhor média de público

Por Emanuelle Leal

O Filme Ensaio Sobre a Cegueira teve a melhor média de público por cópia distribuída no mercado nos primeiros três dias de exibição. Cerca de 120.000 espectadores para 95 cópias.

Em renda, o longa alcançou o patamar de mais de R$ 1 milhão para filmes de Fernando Meirelles.
O filme conta a história de uma epidemia de cegueira em uma cidade. A cegueira branca, como é chamada, só não infecta a esposa de um médico. Uma nova questão é trazida: O que você faria se ninguém pudesse te ver? Atitudes tomadas, fatos que nem sempre damos importância virão fazer o telespectador refletir. Devido à correria do dia-a-dia, algumas ações e situações vêm se tornando “normais” e até que ponto isso está saindo do nosso controle?

Baseado em um livro que leva o mesmo título, do escritor português José Saramago, o filme está em cartaz nos melhores cinemas do país.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cultura para todos


Por Renato Papis
No Desfrute Cultural, o internauta tem acesso gratuito à informação sobre filmes, música, exposições, eventos, livros e shows.

A cada semana, o Desfrute Cultural, que é mantido por um grupo de alunos do 6º semestre do curso de jornalismo cultural da Fapcom - Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação, divulga lançamentos de filmes, música, exposições, eventos, livros e shows , entre outros assuntos. E a lista não pára aí: Quem sabe? críticas culturais estarão disponíveis nesse blog.

Segundo Helena Jacob, jornalista, professora de jornalismo cultural e idealizadora dos blogs entre seus alunos, comenta que a idéia "nasceu da necessidade de inserir o aluno nas novas tecnologias da internet, que são um caminho importante para os estudos e a prática da comunicação, mas ainda não sistematizado como tal. Assim, decidi utilizar essa ferramenta para ajudar os futuros jornalistas a verem o blog como um novo espaço da prática jornalística e para tentarem aproveitar todas as suas possibilidades. Também pensei no blog tendo em visto blogs importantes na nossa área, que são muito representativos de seus nichos, como o Blog do Noblat, entre outros".

Qual a importâncio dessa mídia, quanto se pensa em jornalismo cultural? "Essa mídia é muito importante, responde Helena Jacob. "Afinal, esse tipo de jornalismo especializado tem perdido espaço nos meios tradicionais, e na internet podemos trilhar o caminho de recuperar esse espaço perdido e, inclusive, tentar democratizar a informação cultural", declarou a jornalista.
© Foto, Flickr, Barcelona - 2008.

Alice (nova série brasileira da HBO), vale a pena ver

por: Abel Silveira Prado

A estréia ocorrida ás 22h00 de ontem, na HBO, mostrou no 1º episódio (ao todo serão 13) a história de Alice (Andréia Horta), uma jovem de 26 anos de idade, noiva e prestes a se casar, moradora em Palmas, no Tocantins, quando recebe notícia de sua tia, residente em São Paulo, sobre o suicídio de seu pai. Ela vem sozinha para o enterro na capital paulista e planeja voltar no dia seguinte. Mas, por causa de um grande congestionamento não consegue chegar a tempo no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Perdida e assustada com o gigantismo da metrópole pede ajuda para uma amiga, que a leva para uma balada super-transada, com muita gente bonita, bebida a vontade, turbinada por som de um DJ americano. Alice vai ao embalo e tem uma experiência amorosa com o DJ. Ao contrário que imaginava se surpreende por não estar arrependida. Tudo acontece muito rapidamente. A partir disso, os seus conceitos de comportamento e modos de vida começam a desestruturar-se. Com base neste 1º episódio, acredito no sucesso da série. O roteiro é muito interessante e tem a interferência positiva de seus diretores (Karim Ainouz e Sérgio Machado). Há também o mérito de trazer novas caras (exceção aos atores da Rede Globo, Eduardo Moscovis, Regina Braga e Walderez de Barros).
O relacionamento proposto com o público também é muito envolvente, através de blog, ringtones, dowloands, etc. Vale a pena acessar: www.alice-hbo.tv

Estilo é Estilo




Por Denise Caravaggi

Não é Pop, não é Rock, não é Reggae, não é Samba... Mas ao mesmo tempo é tudo isso junto! É assim que defino o “estilo” musical da banda “O Rappa”. É muito interessante pensar em uma banda que não tem um estilo comum, tem o seu próprio estilo.
Após cinco anos sem gravar CD, O Rappa está na turnê do disco “7 vezes O Rappa”, que tem como carro chefe a música “Monstro Invisível”,fez sua única apresentação em São Paulo no último sábado, 20 de setembro, no CredCardHall.
Eu fui nesse Show! Na verdade sempre tive vontade de ir pois ouvia dizer que era um show maravilhoso e inexplicável. E agora posso concordar! Sem briga, sem empurra-empurra, animação por duas horas seguidas (hoje não consigo levantar os meus braços rsrsrs).
Abro uma discussão que considero coerente. É necessário estar na “moda” para fazer sucesso? É necessário ter um estilo musical comum para poder ser reconhecido? Por que existe tanto preconceito em relação a determinados estilos musicais como o rap, o pagode, o hip hop? Todo estilo tem o seu motivo de existir e tem a sua história. Não que todos devam gostar, mas acredito que todos devam conhecer para poder opinar. O pagode virou um braço do samba, por quê? E se prestarmos atenção nas letras de rap? Como será que as pessoas que escreveram vivem hoje?
Bom... vamos pensar.. e no próximo post discutir!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Coleção de fotos mostra o Brasil do século XIX



Por Abel Silveira Prado

O lançamento “Coleção Princesa Isabel - Fotografia do século XIX”, ocorrido nesta semana pela editora Capivara, traz imagens históricas do Brasil daquele período. Os pesquisadores Bia e Pedro Corrêa do Lago descobriram por acaso o acervo em conversa com Thereza Maria de Orleans e Bragança em sua casa na Europa. A única neta ainda viva da Princesa Isabel e do Conde D´Eu disse a eles que guardava um enorme baú de ferro com fotos herdadas dos avós. Autorizados a examinar o material foram surpreendidos pela preciosidade: era a coleção da Princesa Isabel e do Conde D´Eu que além de registros da Família Real, havia belas paisagens do Rio de Janeiro e de sua urbanização, em contraste com o exotismo de índios e animais selvagens.
As imagens de beleza extraordinária e importantes registros históricos foram devidamente selecionados em 1200 fotografias no livro “Coleção Princesa Isabel – Fotografia do Século 19”. Segundo os pesquisadores, mais da metade é inédita. Entre os maiores fotógrafos que atuavam no Brasil naquele período encontram-se os trabalhos de Marc Ferrez, Augusto Malta, Augusto Stahl, Alberto Henschel, George Leuzinger, Antônio Luis ferreira, Revert Henry Klumb e Juan Gutiérrez.
O grande destaque da Coleção é a série de 13 fotos sobre o fim da abolição no Brasil, feitas por Antônio Luis Ferreira. “Essas talvez sejam as grandes fotos do jornalismo brasileiro do século XIX”, afirma Pedro Corrêa do Lago.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Cinemark oferece programação de filmes especial para crianças

Por Denise Caravaggi

A partir de hoje o Cimemark apresenta a sexta edição do Festival Internacional de Cinema Infantil. A programação especial acontece nas redes Cinemark do Shopping Eldorado e no Shopping Metrô Santa Cruz, de sexta à domingo até o dia 21 de setembro.
Quem está acostumado com a filmografia norte-americana ficará surpreso com a nova seleção que as organizadoras Carla Camurati e Carla Esmeralda prepararam para essa edição. A programação é composta por filmes de países distantes e que também devem estrear nos cinemas nacionais.
Entre a lista de títulos está o dinamarquês “Dois mosquitos dançando no formigueiro”, “ Os Mosconautas no Mundo da Lua”, da Bélgica, e o africano “African Bambi”

Serviço:
Cinemark Eldorado - av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2197-7470.
Cinemark Metrô Santa Cruz - r. Domingos de Morais, 2.564, 3º piso, Vila Mariana, região sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3471-8063. Ingr.: R$ 4. Classificação etária de acordo com o filme.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

U2 3D em cartaz estréia com curta temporada


Por: Emanuelle Leal



U2 3D estreou no último dia 29 no Brasil. Com imagens da turnê "Vertigo", ocorrida em 2005/2006 na América Latina e tecnologia três dimensões cria a ilusão de que a banda está a um palmo do público do cinema.



O filme tem 85 minutos de duração e traz 15 grandes sucessos da banda, tais como: “With or Without You” e “One”.
Essa foi a primeira vez que uma produção foi totalmente direcionada a tecnologia 3D.
O longa está em cartaz nos cinemas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Mauá, Bauru e Florianópolis.
Com curta temporada, o filme/show será exibido até o dia 9 de outubro.
Vale à pena prestigiar os clássicos da banda irlandesa.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Exposição Lusa - A Matriz Portuguesa é sucesso de público


Por: Ana Carla Freitas


Em uma iniciativa inédita, a Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil e o Centro Cultural Banco do Brasil trouxeram a São Paulo a exposição Lusa – A Matriz Portuguesa, com 147 peças de 38 instituições portuguesas que retratam o percurso dos lusitanos desde a Pré-História á Era dos descobrimentos.

Lusa, proporciona ao público um fascinante aprofundamento na cultura portuguesa, sua formação e as diversas contribuições de outros povos, que, acabaram por ser fundamentais para a nossa formação cultural. Histórias dos povos antigos, o domínio romano, presença cristã, judaica e árabe, formação das fronteiras e os descobrimentos marítimos.

As peças expostas incluem objetos em mármore, pedra, ouro, azulejos, pinturas, esculturas, achados arqueológicos e mapas, acompanhados por recursos multimídia. No acervo da exposição estão cerca de 40 peças consideradas verdadeiros tesouros portugueses, como um guerreiro em granito e um colar de ouro celta. Vale a pena ressaltar que essas peças nunca foram vistas juntas em Portugal, apenas no Brasil.

A exposição foi considerada um sucesso em sua passagem pelo Rio de Janeiro e Brasília, somando cerca de 840 mil pessoas. Em São Paulo, até o dia 20 de agosto, 142 mil pessoas visitaram a exposição.

A exposição se encerrou no dia 07 de setembro e foi uma oportunidade única de conhecer, de perto, as peças históricas que originaram e compõem a cultura portuguesa.

Lusa – a Matriz Portuguesa: Centro Cultural Banco do Brasil na Rua Álvares Penteado, 112, Centro. De terça a domingo das 10h às 20h e a entrada franca.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Juca Ferreira: "A cultura é uma necessidade fundamental para o Brasil".

Por Renato Papis

Nesta última quinta-feira (28), o sociólogo baiano Juca Ferreira, de 59 anos, tomou posse como o novo ministro da Cultura do Brasil, assumindo oficialmente seu antecessor, o cantor e compositor Gilberto Gil.

Em cerimônia de posse, Juca Ferreira defendeu que parte do lucro da exploração de petróleo da camada do pré-sal no litoral brasileiro, seja destinado para o seu ministério. "Eu acho que 1% do pré-sal deve ser para a cultura, porque a cultura é uma necessidade fundamental para o novo ciclo do Brasil. Todo dinheiro público que puder ser canalizado (para a cultura), deve ser canalizado", afirmou o novo ministro, depois de ser empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

Juca Ferreira militou contra a ditadura e passou nove anos exilado. Filiado ao Partido Verde ele atuou na área ambienal e cultural na Bahia e foi vereador em Salvador por dois mandatos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O que ele não disse

por: Abel Silveira Prado
O artigo "O que ele não disse" do escritor e jornalista brasileiro e imortal da Academia Brasileira de Letras, Carlos Heitor Cony (14 de março de 1926, Rio de Janeiro), publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 2 de setembro de 2008, enaltece a sabedoria do Padre Vieira para sinalizar o quanto somos bloqueados à novas percepções, por causa de nosso concretismo. O artigo é ótimo e estimula a reflexão. Peço licença do autor para sua reprodução.

"O que ele não disse"
Rio de Janeiro - O maior gênio que andou por nossas terras foi o jesuíta Antônio Vieira, do qual estamos comemorando os 400 anos de seu nascimento. Imperador de nossa língua, segundo Fernando Pessoa, foi mais brasileiro do que português. Será redundante comentar sua personalidade e sua obra. Pinço apenas um pequeno trecho de um de seus sermões: "Isto foi o que Cristo disse. Atentai agora para o que ele não disse".
E vai por aí, dizendo tudo o que desejava dizer. Creio que Machado de Assis pegou este achado e fez toda a sua obra na base do que os outros, dizendo muitas coisas, muitas coisas deixavam de dizer. E ele foi o primeiro a dizer e a deixar o importante sem dizer.
No dia-a-dia do que ouvimos ou lemos em diversos veículos de comunicação (imprensa, rádio, televisão, internet, publicidade), o mais importante não é o que fica dito, mas aquilo que não é dito. Governantes, políticos, formadores de opinião, costureiros, cozinheiros, filósofos e ensaístas de todos os tamanhos e feitios costumam falar muito e não dizer nada. É desse nada que é feita a história e o mundo.
Gosto de um pequeno trecho de "Terra Desolada" (T.S. Eliot): "Que rumor é este?/ O vento sob a porta/ E que rumor é este agora?/ Que anda o vento a fazer lá fora?/ Nada. Como sempre, nada" (Tradução de Ivan Junqueira).
Segundo a lição de Vieira, devemos estar sempre atentos para tudo aquilo que não é dito. No fundo, é o que realmente conta. Daí que paro por aqui, na desvairada ilusão de que atentarão para aquilo que não ficou dito. E, mesmo que ninguém atente para o dito ou para o não dito, o resultado é o mesmo: nada.
PS - Depois dessa, o cronista saúda o povo e pede passagem para necessárias férias. Atentai para o que ele não disse.
Atentai
Breve resumo sobre o Padre Antônio Vieira
No ano em que celebra os 400 anos do nascimento do Padre Antônio Vieira (1608-1697), considerado imperador da língua portuguesa pelo poeta Fernando Pessoa, uma série de livros registram a importância do religioso em nosso país. Vieira viveu entre sua terra natal e o Brasil.
Uma das principais obras é "História de Antônio Vieira", de João Lúcio de Azevedo. Nela, o autor transcreve os sermões de Vieira - os quais atraiam um grande público, e, também, sua bibliografia, na qual consta um dos primeiros textos do religioso, em que ele descreve a invasão holandesa do litoral da Bahia, em 1624, quando tinha apenas 16 anos. Este texto, escrito dois anos mais tarde, era o relatório anual que a Companhia de Jesus enviava a Roma e já é prova da clareza e retidão de linguagem de Vieira.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Confira a última semana de Restaurant Week




Por Denise Caravaggi

Para os que ainda não foram, não podem perder a última semana do Restaurant Week. O evento, que acontece em São Paulo desde o dia 18 de agosto, reúne 50 melhores restaurantes da cidade que oferecem “Menus Especiais” compostos de entrada, prato principal e sobremesa. Os preços são mais especiais ainda. O público paga apenas R$ 25,00 + R$ 1,00 no almoço, e R$ 39,00 + R$ 1,00.
Inspirado no similar nova-iorquino que existe desde 1992, o evento está na terceira edição na cidade de São Paulo, e em julho aconteceu a primeira em Recife. Os sabores explorados pelos restaurantes são bem variados e vão da cozinha judaica à contemporânea.
O R$ 1,00 acrescentado a conta é doação (não obrigatória) para a Fundação Ação Criança que alimenta diariamente 5000 crianças de 0 a 7 anos.
Vale a pena lembrar que alguns restaurantes só participam do almoço e outros só do jantar com os preços promocionais.
Confira o guia completo com todos os participantes no site oficial http://www.restaurantweek.com.br/. Vale a pena conferir!!

Se esse gato falasse??? Mas esse fala!


Por Renato Papis

O título original Joseph e Chico foi traduzido em português e lançado na 20ª Bienal Internacional do Livro em SP.

É o caso do "gato Chico" (ilustração), personagem de um livro para crianças que narra a vida do papa. A obra intitulada "Joseph e Chico", lançada na Itália pela Editora Messaggero Padova e escrito pela jornalista Jeanne Perego e ilustrado por Donata Dal Molin Casagrande. A obra refere-se ao Papa Bento XVI, cuja vida é narrada pelo gato chamado Chico. O gato vai relembrando episódios da infância da Papa.

Prefaciando o livro, monsenhor Georg Gänswein, que é secretário pessoal do Papa, diz que não é um gato qualquer: "Chico e Bento XVI se conhecem há muitos anos; por isso, tudo o que é narrado no livro é 'verdade'."

Para a alegria das crianças. E por que não? de todos nós, apaixonados por gatos, o livro foi recentemente traduzido no Brasil pela Editora Canção Nova (2008, 1ª edição) e lançado na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

© Foto, edizionimessaggero.it

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Madonna: Site Oficial da cantora confirma duas apresentações em São Paulo




Por: Ana Carla Freitas

Está confirmada a data dos shows da diva pop, Madonna nos dias 18 e 20 de dezembro deste ano no Estádio do Morumbi em São Paulo.
Algumas especulações garantem que na verdade haverá quatro apresentações da cantora na cidade, mas isto vai depender da demanda de procura.
Segundo a Folha de S.Paulo, o site responsável pelo cadastro oficial dos ingressos o Tickets For Fun recebeu mais de 110 mil inscrições para o primeiro show na capital paulista e 50 mil no Rio de Janeiro.
A estratégia das vendas para o show tem causado perplexidade aos fãs e admiradores da cantora. Os mais prejudicados são os que moram fora do Eixo Rio-SP, que terão restritas opções para a compra.
Apesar dos contratempos quem realmente deseja ver a turnê do novo álbum de Madonna “Sticky & Sweet” deve se apressar e estar disposto a enfrentar horas de filas a partir do dia 03 de setembro, mas com certeza, valerá a pena.
Um bom show para todos!




Bem-Vindos

Longe de ser aqui mais um blog, o Desfrute Cultural se oferece como um guia para os que desejarem um "algo a mais" sobre filmes, música, exposições, eventos, livros e shows e quem sabe futuramente a médio e longo prazo, algumas críticas culturais.
Para os que visitam este espaço e acreditam que o lazer e a cultura são direito de todos, uma Boa leitura!