quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cidadania: uma questão cultural

Por Denise Caravaggi

A cada dois anos o Brasil e os demais países do mundo passam pelo período eleitoral. O sistema de votação é diferente em todos os lugares. No Brasil o voto é obrigatório e feito em urnas eletrônicas. Em outros países, como os da Europa e nos Estados Unidos, não é obrigatório e feito no antigo sistema “cédulas de eleição”.
Sendo o Brasil um adepto a chamada democracia, por que o voto não pode ser livre?
A cidadania é um fator cultural, que se origina de cada sociedade. Nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema eleitoral é único. O processo é desenvolvido em duas partes: a primeira quando ocorre uma pré-votação dentro dos partidos dos 50 estados Americanos, tanto nos republicanos quanto nos democratas. Neste caso os candidatos se apresentam com suas propostas e os eleitores presentes elegem os delegados às convenções partidárias nas quais, por sua vez, são escolhidos os nomes que concorrerão ao governo pelo respectivo partido. E o segundo é o que todos já conhecemos, que é o sistema eleitoral por cédulas. Em ambos os casos, os eleitores participam e querem participar do processo eleitoral. O ato de votar e escolher quem estará comandando o seu país, estado ou município é essencial para o cidadão americano. Eles gostam e fazem questão de participar.
Considero tal característica como tendo base uma questão cultural pois os cidadãos americanos sempre foram patriotas. Já no Brasil essa questão política sempre foi um pouco mais delicada. Primeiro é um país de terceiro mundo, com uma economia desregulada, com muita miséria e falta de saneamento básico e educação. Em relação a questão política, houve o período a ditadura militar, uma época de sofrimento e dor para sociedade brasileira, os milhares de escândalos políticos envolvendo corrupção. Enfim, o cidadão brasileiro não é culturalmente um ser político. Ele vota por que é obrigado a votar... a minoria acredita fielmente em algum candidato e que ele pode fazer algo para mudar o país.

Nenhum comentário: