segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Projeto de Governo Americano


Por: Ana Carla Freitas

Fahrenheit é um filme escrito e dirigido por Michael Moore, baseado no ataque às torres gêmeas no dia 11 de setembro de 2001 pelo terrorista Osama Bin Laden. Ele aborda possíveis causas para esse ataque terrorista, faz denúncias sobre o governo de George Bush, o relacionamento da família Bush com a família Bin Laden e a invasão do Iraque que ocorre após esse incidente.
O filme é uma denúncia explícita sobre o governo de George Bush, lançado em época de eleições presidenciais, e atrela ao fato de querer apresentar ao mundo como o governo divulga as informações sobre a guerra do Iraque e de que forma a mídia aborda essas informações. Indica uma manipulação pelos meios de comunicação de massa.
O passado do presidente é exposto de forma a nos fazer acreditar que ele não tem capacidade para governar um país, e que em grande parte do tempo estava de férias. Realmente é nítido que ele não estava preocupado em ficar na Casa Branca.
Michael Moore aponta fraudes na vitória de George Bush, mas sem muitos argumentos palpáveis e reais, em sua maioria são suposições e acusações. A única imagem real que ele coloca no filme é no dia de sua posse, em que é recebido com vaias e protestos, o que não representa a insatisfação da maioria. É somente um grupo isolado.
Apesar disso, Fahrenheit é cercado de documentos para comprovar a veracidade de muitos fatos. E tem como maior preocupação a influência que terá na reeleição de Bush.
No dia do ataque ao World Trade Center, Bush teve uma reação anormal ao acontecimento, como se já soubesse que iria acontecer e coincidentemente, se é que podemos acreditar nisso, no dia anterior ao ataque o presidente teria diminuído a verba do FBI para a parte de terrorismo, o que nos faz crer, e o intuito é esse, que ele tem ligação direta com o terrorista.
Fahrenheit mostra, porque a família Bush tem estreitas relações comerciais com a Arábia Saudita, inclusive com a família de Bin Laden. Enquanto todos os cidadãos americanos foram impedidos de viajar de avião, após o atentado, os “amigos” do presidente continuaram suas viagens. Estão todos ligados ao plano de execução que custou a vida de milhares de pessoas inocentes. Uma boa dose de indignação por parte de Moore.
Já que Bush gosta de guerra, aproveitou esse fato e colocou a culpa em Saddam Hussein. Invadiu o Iraque, afinal ele é o presidente americano e precisa resolver essa situação nem que seja punir quem não tem culpa e usando o discurso de que “O Iraque nos odeiam, porque amamos a liberdade”, convencendo boa parte dos americanos.
O filme tem momentos muito dramáticos, como a entrevista de uma mãe que perdeu seu filho na guerra do Iraque. É uma família de militares e a mãe critica manifestantes contra a guerra. No momento em que perde seu filho ela começa a fazer parte disso e é levada por Michael Moore em Washington. Ele perde muito tempo nessas cenas e expõe essa mãe a uma situação e tristeza desnecessária.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ensaio sobre a cegueira tem melhor média de público

Por Emanuelle Leal

O Filme Ensaio Sobre a Cegueira teve a melhor média de público por cópia distribuída no mercado nos primeiros três dias de exibição. Cerca de 120.000 espectadores para 95 cópias.

Em renda, o longa alcançou o patamar de mais de R$ 1 milhão para filmes de Fernando Meirelles.
O filme conta a história de uma epidemia de cegueira em uma cidade. A cegueira branca, como é chamada, só não infecta a esposa de um médico. Uma nova questão é trazida: O que você faria se ninguém pudesse te ver? Atitudes tomadas, fatos que nem sempre damos importância virão fazer o telespectador refletir. Devido à correria do dia-a-dia, algumas ações e situações vêm se tornando “normais” e até que ponto isso está saindo do nosso controle?

Baseado em um livro que leva o mesmo título, do escritor português José Saramago, o filme está em cartaz nos melhores cinemas do país.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cultura para todos


Por Renato Papis
No Desfrute Cultural, o internauta tem acesso gratuito à informação sobre filmes, música, exposições, eventos, livros e shows.

A cada semana, o Desfrute Cultural, que é mantido por um grupo de alunos do 6º semestre do curso de jornalismo cultural da Fapcom - Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação, divulga lançamentos de filmes, música, exposições, eventos, livros e shows , entre outros assuntos. E a lista não pára aí: Quem sabe? críticas culturais estarão disponíveis nesse blog.

Segundo Helena Jacob, jornalista, professora de jornalismo cultural e idealizadora dos blogs entre seus alunos, comenta que a idéia "nasceu da necessidade de inserir o aluno nas novas tecnologias da internet, que são um caminho importante para os estudos e a prática da comunicação, mas ainda não sistematizado como tal. Assim, decidi utilizar essa ferramenta para ajudar os futuros jornalistas a verem o blog como um novo espaço da prática jornalística e para tentarem aproveitar todas as suas possibilidades. Também pensei no blog tendo em visto blogs importantes na nossa área, que são muito representativos de seus nichos, como o Blog do Noblat, entre outros".

Qual a importâncio dessa mídia, quanto se pensa em jornalismo cultural? "Essa mídia é muito importante, responde Helena Jacob. "Afinal, esse tipo de jornalismo especializado tem perdido espaço nos meios tradicionais, e na internet podemos trilhar o caminho de recuperar esse espaço perdido e, inclusive, tentar democratizar a informação cultural", declarou a jornalista.
© Foto, Flickr, Barcelona - 2008.

Alice (nova série brasileira da HBO), vale a pena ver

por: Abel Silveira Prado

A estréia ocorrida ás 22h00 de ontem, na HBO, mostrou no 1º episódio (ao todo serão 13) a história de Alice (Andréia Horta), uma jovem de 26 anos de idade, noiva e prestes a se casar, moradora em Palmas, no Tocantins, quando recebe notícia de sua tia, residente em São Paulo, sobre o suicídio de seu pai. Ela vem sozinha para o enterro na capital paulista e planeja voltar no dia seguinte. Mas, por causa de um grande congestionamento não consegue chegar a tempo no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Perdida e assustada com o gigantismo da metrópole pede ajuda para uma amiga, que a leva para uma balada super-transada, com muita gente bonita, bebida a vontade, turbinada por som de um DJ americano. Alice vai ao embalo e tem uma experiência amorosa com o DJ. Ao contrário que imaginava se surpreende por não estar arrependida. Tudo acontece muito rapidamente. A partir disso, os seus conceitos de comportamento e modos de vida começam a desestruturar-se. Com base neste 1º episódio, acredito no sucesso da série. O roteiro é muito interessante e tem a interferência positiva de seus diretores (Karim Ainouz e Sérgio Machado). Há também o mérito de trazer novas caras (exceção aos atores da Rede Globo, Eduardo Moscovis, Regina Braga e Walderez de Barros).
O relacionamento proposto com o público também é muito envolvente, através de blog, ringtones, dowloands, etc. Vale a pena acessar: www.alice-hbo.tv

Estilo é Estilo




Por Denise Caravaggi

Não é Pop, não é Rock, não é Reggae, não é Samba... Mas ao mesmo tempo é tudo isso junto! É assim que defino o “estilo” musical da banda “O Rappa”. É muito interessante pensar em uma banda que não tem um estilo comum, tem o seu próprio estilo.
Após cinco anos sem gravar CD, O Rappa está na turnê do disco “7 vezes O Rappa”, que tem como carro chefe a música “Monstro Invisível”,fez sua única apresentação em São Paulo no último sábado, 20 de setembro, no CredCardHall.
Eu fui nesse Show! Na verdade sempre tive vontade de ir pois ouvia dizer que era um show maravilhoso e inexplicável. E agora posso concordar! Sem briga, sem empurra-empurra, animação por duas horas seguidas (hoje não consigo levantar os meus braços rsrsrs).
Abro uma discussão que considero coerente. É necessário estar na “moda” para fazer sucesso? É necessário ter um estilo musical comum para poder ser reconhecido? Por que existe tanto preconceito em relação a determinados estilos musicais como o rap, o pagode, o hip hop? Todo estilo tem o seu motivo de existir e tem a sua história. Não que todos devam gostar, mas acredito que todos devam conhecer para poder opinar. O pagode virou um braço do samba, por quê? E se prestarmos atenção nas letras de rap? Como será que as pessoas que escreveram vivem hoje?
Bom... vamos pensar.. e no próximo post discutir!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Coleção de fotos mostra o Brasil do século XIX



Por Abel Silveira Prado

O lançamento “Coleção Princesa Isabel - Fotografia do século XIX”, ocorrido nesta semana pela editora Capivara, traz imagens históricas do Brasil daquele período. Os pesquisadores Bia e Pedro Corrêa do Lago descobriram por acaso o acervo em conversa com Thereza Maria de Orleans e Bragança em sua casa na Europa. A única neta ainda viva da Princesa Isabel e do Conde D´Eu disse a eles que guardava um enorme baú de ferro com fotos herdadas dos avós. Autorizados a examinar o material foram surpreendidos pela preciosidade: era a coleção da Princesa Isabel e do Conde D´Eu que além de registros da Família Real, havia belas paisagens do Rio de Janeiro e de sua urbanização, em contraste com o exotismo de índios e animais selvagens.
As imagens de beleza extraordinária e importantes registros históricos foram devidamente selecionados em 1200 fotografias no livro “Coleção Princesa Isabel – Fotografia do Século 19”. Segundo os pesquisadores, mais da metade é inédita. Entre os maiores fotógrafos que atuavam no Brasil naquele período encontram-se os trabalhos de Marc Ferrez, Augusto Malta, Augusto Stahl, Alberto Henschel, George Leuzinger, Antônio Luis ferreira, Revert Henry Klumb e Juan Gutiérrez.
O grande destaque da Coleção é a série de 13 fotos sobre o fim da abolição no Brasil, feitas por Antônio Luis Ferreira. “Essas talvez sejam as grandes fotos do jornalismo brasileiro do século XIX”, afirma Pedro Corrêa do Lago.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Cinemark oferece programação de filmes especial para crianças

Por Denise Caravaggi

A partir de hoje o Cimemark apresenta a sexta edição do Festival Internacional de Cinema Infantil. A programação especial acontece nas redes Cinemark do Shopping Eldorado e no Shopping Metrô Santa Cruz, de sexta à domingo até o dia 21 de setembro.
Quem está acostumado com a filmografia norte-americana ficará surpreso com a nova seleção que as organizadoras Carla Camurati e Carla Esmeralda prepararam para essa edição. A programação é composta por filmes de países distantes e que também devem estrear nos cinemas nacionais.
Entre a lista de títulos está o dinamarquês “Dois mosquitos dançando no formigueiro”, “ Os Mosconautas no Mundo da Lua”, da Bélgica, e o africano “African Bambi”

Serviço:
Cinemark Eldorado - av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2197-7470.
Cinemark Metrô Santa Cruz - r. Domingos de Morais, 2.564, 3º piso, Vila Mariana, região sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3471-8063. Ingr.: R$ 4. Classificação etária de acordo com o filme.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

U2 3D em cartaz estréia com curta temporada


Por: Emanuelle Leal



U2 3D estreou no último dia 29 no Brasil. Com imagens da turnê "Vertigo", ocorrida em 2005/2006 na América Latina e tecnologia três dimensões cria a ilusão de que a banda está a um palmo do público do cinema.



O filme tem 85 minutos de duração e traz 15 grandes sucessos da banda, tais como: “With or Without You” e “One”.
Essa foi a primeira vez que uma produção foi totalmente direcionada a tecnologia 3D.
O longa está em cartaz nos cinemas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Mauá, Bauru e Florianópolis.
Com curta temporada, o filme/show será exibido até o dia 9 de outubro.
Vale à pena prestigiar os clássicos da banda irlandesa.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Exposição Lusa - A Matriz Portuguesa é sucesso de público


Por: Ana Carla Freitas


Em uma iniciativa inédita, a Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil e o Centro Cultural Banco do Brasil trouxeram a São Paulo a exposição Lusa – A Matriz Portuguesa, com 147 peças de 38 instituições portuguesas que retratam o percurso dos lusitanos desde a Pré-História á Era dos descobrimentos.

Lusa, proporciona ao público um fascinante aprofundamento na cultura portuguesa, sua formação e as diversas contribuições de outros povos, que, acabaram por ser fundamentais para a nossa formação cultural. Histórias dos povos antigos, o domínio romano, presença cristã, judaica e árabe, formação das fronteiras e os descobrimentos marítimos.

As peças expostas incluem objetos em mármore, pedra, ouro, azulejos, pinturas, esculturas, achados arqueológicos e mapas, acompanhados por recursos multimídia. No acervo da exposição estão cerca de 40 peças consideradas verdadeiros tesouros portugueses, como um guerreiro em granito e um colar de ouro celta. Vale a pena ressaltar que essas peças nunca foram vistas juntas em Portugal, apenas no Brasil.

A exposição foi considerada um sucesso em sua passagem pelo Rio de Janeiro e Brasília, somando cerca de 840 mil pessoas. Em São Paulo, até o dia 20 de agosto, 142 mil pessoas visitaram a exposição.

A exposição se encerrou no dia 07 de setembro e foi uma oportunidade única de conhecer, de perto, as peças históricas que originaram e compõem a cultura portuguesa.

Lusa – a Matriz Portuguesa: Centro Cultural Banco do Brasil na Rua Álvares Penteado, 112, Centro. De terça a domingo das 10h às 20h e a entrada franca.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Juca Ferreira: "A cultura é uma necessidade fundamental para o Brasil".

Por Renato Papis

Nesta última quinta-feira (28), o sociólogo baiano Juca Ferreira, de 59 anos, tomou posse como o novo ministro da Cultura do Brasil, assumindo oficialmente seu antecessor, o cantor e compositor Gilberto Gil.

Em cerimônia de posse, Juca Ferreira defendeu que parte do lucro da exploração de petróleo da camada do pré-sal no litoral brasileiro, seja destinado para o seu ministério. "Eu acho que 1% do pré-sal deve ser para a cultura, porque a cultura é uma necessidade fundamental para o novo ciclo do Brasil. Todo dinheiro público que puder ser canalizado (para a cultura), deve ser canalizado", afirmou o novo ministro, depois de ser empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

Juca Ferreira militou contra a ditadura e passou nove anos exilado. Filiado ao Partido Verde ele atuou na área ambienal e cultural na Bahia e foi vereador em Salvador por dois mandatos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O que ele não disse

por: Abel Silveira Prado
O artigo "O que ele não disse" do escritor e jornalista brasileiro e imortal da Academia Brasileira de Letras, Carlos Heitor Cony (14 de março de 1926, Rio de Janeiro), publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 2 de setembro de 2008, enaltece a sabedoria do Padre Vieira para sinalizar o quanto somos bloqueados à novas percepções, por causa de nosso concretismo. O artigo é ótimo e estimula a reflexão. Peço licença do autor para sua reprodução.

"O que ele não disse"
Rio de Janeiro - O maior gênio que andou por nossas terras foi o jesuíta Antônio Vieira, do qual estamos comemorando os 400 anos de seu nascimento. Imperador de nossa língua, segundo Fernando Pessoa, foi mais brasileiro do que português. Será redundante comentar sua personalidade e sua obra. Pinço apenas um pequeno trecho de um de seus sermões: "Isto foi o que Cristo disse. Atentai agora para o que ele não disse".
E vai por aí, dizendo tudo o que desejava dizer. Creio que Machado de Assis pegou este achado e fez toda a sua obra na base do que os outros, dizendo muitas coisas, muitas coisas deixavam de dizer. E ele foi o primeiro a dizer e a deixar o importante sem dizer.
No dia-a-dia do que ouvimos ou lemos em diversos veículos de comunicação (imprensa, rádio, televisão, internet, publicidade), o mais importante não é o que fica dito, mas aquilo que não é dito. Governantes, políticos, formadores de opinião, costureiros, cozinheiros, filósofos e ensaístas de todos os tamanhos e feitios costumam falar muito e não dizer nada. É desse nada que é feita a história e o mundo.
Gosto de um pequeno trecho de "Terra Desolada" (T.S. Eliot): "Que rumor é este?/ O vento sob a porta/ E que rumor é este agora?/ Que anda o vento a fazer lá fora?/ Nada. Como sempre, nada" (Tradução de Ivan Junqueira).
Segundo a lição de Vieira, devemos estar sempre atentos para tudo aquilo que não é dito. No fundo, é o que realmente conta. Daí que paro por aqui, na desvairada ilusão de que atentarão para aquilo que não ficou dito. E, mesmo que ninguém atente para o dito ou para o não dito, o resultado é o mesmo: nada.
PS - Depois dessa, o cronista saúda o povo e pede passagem para necessárias férias. Atentai para o que ele não disse.
Atentai
Breve resumo sobre o Padre Antônio Vieira
No ano em que celebra os 400 anos do nascimento do Padre Antônio Vieira (1608-1697), considerado imperador da língua portuguesa pelo poeta Fernando Pessoa, uma série de livros registram a importância do religioso em nosso país. Vieira viveu entre sua terra natal e o Brasil.
Uma das principais obras é "História de Antônio Vieira", de João Lúcio de Azevedo. Nela, o autor transcreve os sermões de Vieira - os quais atraiam um grande público, e, também, sua bibliografia, na qual consta um dos primeiros textos do religioso, em que ele descreve a invasão holandesa do litoral da Bahia, em 1624, quando tinha apenas 16 anos. Este texto, escrito dois anos mais tarde, era o relatório anual que a Companhia de Jesus enviava a Roma e já é prova da clareza e retidão de linguagem de Vieira.